terça-feira, 27 de novembro de 2012

Braços

Os braços, quietos.
Contendo em si ansiedades loucas,
De permitir às mãos 
Estraçalhar o peito
E retirar de lá maldades!

Maldades mesquinhas,
Vinganças ranzinzas,
Egoísmos carecas!

Mas...
Braços de almas roucas,
Como podem ferir o coração de outrem?
À quem amam mais que ninguém?

Deixam-se então a calar,
Escolhem, mais felizes talvez,
Fazer o inverso,
Dar um abraço e perdoar em verso.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Guerreiro

De tudo que já criei
Gosto mais de meu guerreiro!
Este personagem oculto,
Escondido por entre mim.

De batalhas as duras penas
Esse guerreiro ganha a cena,
E do fundo lamacento
Vai então me resgatar!

Ele apela às boas memórias,
Ganha tempo contando sonhos,
E desperta meu acreditar,
Sempre foi assim!

As vezes penso que se foi,
Mas o audacioso me engana
Bombeia forças, me tira da cama
E exige um sim!

Este meu guerreiro teimoso,
Parece nem sentir a dor...
Se estou prestes a chorar,
Ele está em seu melhor dispor!

Um guerreiro como poucos,
Que defende um bom ideal:
Vencer a mim, e o meu mal.