segunda-feira, 22 de abril de 2013

O medo de alguém

Quando ao coração aborda o medo,
o que resta?
De que presta ouvir?
Ouvir a mim? Um outro eu descabido?
Um cansaço infinito adormecido.
Mas que medo é esse, porém?
É perdido, de certo, é de alguém.
Mas que pressa,
de sentir a vida toda, antes mesmo
da vida que se resta.
E doer as paciências que hão de vir,
e tudo isto pra quê?
Pra ser feliz. Pra ser feliz?
Quem há de falar às minhas entranhas,
suspensas em eterno pensar, do estar,
do querer, do sentir e sofrer,
que é assim? Amar e fim.