Hoje fechei os olhos para o sol. Fechei porque ardiam meus globos oculares, porque seu calor fazia-me suar as pálpebras, porque queimava-me sem a doação da sombra.
Eu fechei os olhos para o sol. Eu, justo eu que tanto o consagro, o venero, o vigio.
E rejeitando os raios pelos quais rezo, renegando as explosões dos átomos em plena dança e arte, pensei ser ingrata. Senti tristeza por não amar ao sol incondicionalmente, senti falta de desejá-lo.
E sofrendo um pouco assim, sem jeito, na luz escura que surgiu entre o sol e meus pensamentos deixei-me caminhar na sua ausência. O frescor aliviou-me o cansaço, devolveu-me o vigor. Foi lindo deixá-lo...
As vezes isso acontece. Um dia comum em que o mundo me faz refletir. Somos todos tão pequenos, somos todos que não cabemos no universo. A alma expande, o coração grita estrelas. O meu tem gritado luas...
Mas a noite passa, o destino escreve, o vento leva os abraços e sabemos que tudo ficará bem.
Vai ficar tudo bem meu bem...
sábado, 7 de março de 2009
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2 comentários:
Laura, Laura...
Minha amiga querida. Fiquei louco de não te ter por aqui, sabe? Ninguém é Laura Leis! Ninguém tem a sensibilidade de Laura Leis, e a pessoa mais perto de Laura Leis, é Ana Cristina, e ela é tão complexa quanto você.
E é tão linda quanto, também. Mas Laura é Laura, e Ana é Ana.
Escrever, Laura, é tão difícil, e você faz isso de modo tão fluído.
Não tem jeito, acho que não sou não contista (talvez poeta). Já, você...
Ontem foi dia 8.3 - Dia Internacional da Mulher. Parabéns, doce, encantadora e linda, Laura!
Espero sua viagem esteja sendo um turbilhão de experiências inesquecíveis!
Saudades.
Beijos.
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