sexta-feira, 20 de maio de 2011

Habitante de mim

Hoje me falaram vozes.
Vozes de não sei quem.
Um eu talvez bem distante,
que com intenções errantes,
quis ver se eu ia bem.

Esse habitante inquieto,
falante e desacorçoado,
sentou-se do meu ouvido ao lado
e foi me contando estórias,
estórias tristes de ninguém.

Meu coração calado,
tão penoso, tão divagante,
sentiu-se acorçoado
e entregou-se ao habitante tenebroso
que ia e ria com desdém.

Esse eu maldito,
de vozes infernais!
Não pode me ver feliz,
que infelicidades me traz
é hora de despejá-lo,
de deixá-lo partir para o além.

E que assim seja, amém!

2 comentários:

Anônimo disse...

AÊÊÊ!!! 'CÊ voltou a publicar!

Aqui é eu, ele aquele, sabe?

Laura Baggio disse...

As vezes acho que sei, outras não!
Enfim, é bom ter leitores..Obrigada! =)