domingo, 7 de novembro de 2010

Sorriso

Lua, não sorria para mim quando a noite é dos cães que não ladram... Durma amarela, fuja da minha contemplação, e no céu deixe a mim espaço, para eu me perder em uivos...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Delirios noturnos

Quando vi era tarde
Quando quis estava triste
Quando esperei o tempo corria
Estou sempre na contramão

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

32

Quando meus olhos não conseguem mais calar as lágrimas e meu mundo gira em desconcerto, meu corpo pende para os lados e minha alma vaza pelas veias, é a dor...a dor desalinhando meu coração...

É a realidade da ilusão. O caminho em círculos, a queda das pontes, o bater das portas...
É a mão que se solta quando a luz apaga...
É a primeira respiração do inverno...
São seus cabelos negros indo embora...desaparecendo por debaixo dos meus dedos...

Quando meu silêncio pesa, meus pulmões retesam e eu vacilo a sanidade, é porque perdi!
É porque bebi verdades...
São os sonhos do nascer do sol..
São suas palavras vazias.

domingo, 22 de agosto de 2010

Carta ao Fantástico

Boa noite!
Gostaria de manifestar a minha indignação em relação ao quadro ''O conciliador'' que mostrou a situação da diarista com sua dívida(cheques).
A narração/edição feita por vocês favoreceu a diarista, ressaltou seu estado psicológico, seu problema com o Serasa, e enfatizou sua vida difícil.
Acredito que com o poder de voz que vocês tem, vocês deveriam ressaltar o outro lado, o de quem vendeu uma mercadoria e não recebeu; deveriam favorecer quem usa a lei para realmente fazer justiça (pois uma dívida que em 5 anos caduca é uma situação moralmente injusta!). Vocês que constituem a emissora de TV mais influente do país deveriam EDUCAR e não ''deseducar'' a população, mostrando que um cheque não pode ser cobrado após um certo período, e demerecendo uma empresa que, DENTRO DA LEI, faz a dívida perdurar. Os papés de ''vilões e vítimas'' estão sendo trocados, e essa perda de valores afunda o Brasil.

Laura Baggio


***
Aonde vamos parar? =/

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Divagante

Escuto o silêncio e sinto uma paz sonolenta...
Não estou triste, estou pensante.
Pensar as vezes atrapalha tudo... Mas essa coisa de só sentir é perigosa!
O sentimento as vezes é muito irresponsável, e não se importa com o outro. Ele quer mesmo é se realizar, extravasar-se, dissolver-se em si e para si.
O pensamento, por sua vez, é deveras cauteloso. Freia as ações à qualquer sinal de dúvida, analisa-se e se reanalisa a cada interpretação de si possível.
Se alguém inventasse a receita do equilibrio entre pensar e sentir, eu gostaria de lê-la. Mas teria que ser detalhada: 1 pensamento de 15 minutos para cada 1 sentimento de 15 minutos, por exemplo. E com especificações: pensamento sobre a existência = 1 hora, sentimento de desesperança = 15 horas. E assim por diante, com dicas e exceções.
Enfim, não tenho receita alguma, mas por outros meios vou achando a oscilação correta.
Continuando, em meio a ausência de sons e da presença do meu sono, penso nas pessoas todas que conheci até hoje.
É engraçado ver as relações a as não-relações criadas entre mim e elas.
Quem passou e ficou, quem passou e passou, quem sempre esteve.
As pessoas tem uma força incrível sobre nós. Sobre nossa trajetória, sobre a nossa indentidade.
Há tantas pessoas no mundo, mas abrimos nossas vidas, nossos corações, nossos abraços, nossos ouvidos para alguns (algumas) ''escolhidos(as)''...ou talvez para quem estava passando por ali...
Mas por que essas pessoas? Por que não outras?
Qual é a seletividade da nossa memória em relação às pessoas? Dor? Amor? Ódio?
Será o sentimento que nos causam que as marcam? Será as palavras que nos dizem e nos fazem pensar em nossas vidas, em nosso ser?
Não sei, ''só sei que foi assim''...assim, de alguma forma, hoje olho pro meu passado e vejo as minhas pessoas. Eu as materializei como minhas, porque as vejo e as relembro como quero, são minhas, íntimas dos meus olhos criativos.
Quanto de nós está nas nossas pessoas? Quanto delas está em nós?
Difícil dizer, contudo sou grata as personagens do meu caminho.
Para não agitar mais ainda a minha paz, vou dormir, e rezar para muitas pessoas.



sexta-feira, 18 de junho de 2010

Quentor

Sinto um 'quentor' no peito!
É um efeito de jazz,
Um estado após Callas,
consequência de amores!

É a tristeza de Neruda,
A alegria de Soleil,
a sua lembrança em mim.

É um quente expandindo,
é um amor exprimindo!

A sua espera

Ganhei suas palavras, perdi seu anseio,
regozijei-me com promessas, contemplei um ardor recioso.
Seus olhos tão meus, tão de outras.
Sua pele, sua boca, sua ausência de mim dilaceram-me.


Como não perturbar-me o sono,
como não despertar-me o ódio,
como não ater a mão ao peito?
A sua respiração distante:
o meu ofegar de dores.


Prega-me peças, coração tolo!
Deixa-me vulnerar!
Vai! Carrega em si esses sonhos,
guarda esse amor sofrido...
E sangra comigo esse eterno esperar.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Saúdo o que sobrou.

Uma saudade,
um adeus que ainda não deixei partir.

A sua ausência visita os meus dias.
Sua imagem insacia meus anseios.
As memórias abastecem as esperanças.

Não quero perder os seus traços.
Não quero desfazer nossos pactos.
Eu não vou me despedir.

A saudade é a minha espera,
é o seu pedaço esquecido
que eu guardo dentro de mim.

Um espaço no tempo.

O tempo é manjado, mas é pertinente! Também, até mesmo quem vive sem tempo está incluido nele! O tempo é tudo. O tempo faz falta, o tempo faz tédio. Ensina, cura, muda.
Estive fazendo alguns paralelos com o tempo. O tempo e as pessoas. O tempo e o trabalho. O tempo e os estdudos. O tempo e os amigos. O tempo e o amor. O tempo e eu, no meu tempo.
As pessoas tem tempos diferentes, elas são agregadas às nossas vidas em conexões de momentos. As vezes elas permanecem, as vezes são fugazes. E essas relações dependem do tempo que desprendemos para elas, e elas para nós. Os amigos são as pessoas as quais dedicamos mais tempo para estar perto, para ouvir, para dividir. Os amigos são compartilhadores de muitos tempos.
Enquanto o relógio vai passando, as amizades vão sendo construídas, nós estudamos e trabalhamos. Periodos do dia, da noite. De segunda à sexta, de terça à domingo, só de quarta, só de final de semana, todos os dias!
Ao longo das 24 horas, 1 mês, 1 ano, 2, 3, queremos nos ver melhor do que éramos no tempo passado. Queremos aquisições! De títulos, salários, bens, diplomas, conhecimentos, páginas e mais páginas em nossos currículos. Não se pode perder tempo! Afinal, qual é o limite do mundo? Até onde se pode chegar? O tempo futuro é promissor.
E o tempo do amor? O amor precisa de paciência. Primeiro porque somos todos virgens de amor, é preciso aprender a amar. O tempo ensina. Aprender demora.
Lembro das minhas paixões, das dores que me causaram, das memórias que deixaram, dos soluços e sorrisos. As dores, antes enraizadas, pertinentes, foram amenizadas, esquecidas. As lições que trouxeram ainda fazem parte de mim.
Eu me vejo num tempo esquisito. É uma mistura dos sonhos que eu determinei que realizaria até certo tempo, e das realidades do meu tempo que não foi calculada nos sonhos.
É hora, é hora! A pressa esstá por aí!
Preciso de calma, de freios líricos, de paciência romântica!
Quero respirar mais tempo, contemplar meus dias, confabular com amigos, cuidar e cultivar o amor.
Tempo, estou de férias!

domingo, 23 de maio de 2010

Transparência

Some of my feelings are moving too fast inside of my heart. They are new for me.
Actually, I am renewed, and I feel them differently.
But nothing like time to show us what is ours, and what always will be ours.
Once, my sister said to me that I was too opened. That everyone could reach me without problems, without fighting. She was right. I thought nobody would hurts me. I have been naive.
Now I'm learning how to be an iceberg.
It's fabulous! When you hide your best part from others, someway your good side seems to be better, and it is better, because you protected it from the evil of outside. You covered the best, and only who truly cares with you will discovered it.
After all, we ended finding parts of ourselves which we didn't know we had before.
Silence makes us pay attention to our soul, to listen its hints about life, about love.
I'm quiet. I'm floating. I'm submerged.

Meus sentimentos agitam-se dentro do meu coração. São sentimentos novos pra mim. Na verdade, eu sou uma nova pessoa e os sinto diferentemente.
Nada como o tempo para nos mostrar o que é nosso, e que sempre será nosso.
Uma vez minha irmã me disse que eu era muito aberta, que os outros podiam chegar à mim sem grandes problemas, sem grandes esforços. E ela tinha razão. Eu não pensei que alguém fosse me machucar. Eu fui ingênua.
Agora eu estou aprendendo a ser como um iceberg.
É fabuloso! Quando você esconde sua melhor parte ela parece ser ainda melhor, e na verdade ela é, porque você a protegeu do mal que vem de fora. Você cobre o que tem de bom e somente quem realmente se importa com você poderá descobrir esse seu lado.
No final das contas, acabamos descorbindo partes de nós mesmos que não conheciamos antes.
O silêncio faz com que prestemos atenção nas nossas almas, e assim podemos ouví-la quando nos sussura algo sobre a vida, sobre o amor.
Eu estou calma. Eu estou flutuando. Eu estou submersa.

domingo, 11 de abril de 2010

Você já não é o meu amor

Mudam-se os olhares
mesmo que não mude quem se vê.
Olhos de paixão tão logo perdem o brilho
tão secos se indiferenciam
tão pardos se esquecem de continuar a sofrer.
Ah...o tempo! Graças ao tempo passar
é que os olhares mudam quando não há nada pra mudar!
Só lastimo alguns olhares que eu deixei escapar,
antes tão fervorosos,
tão ardentes, promissores...
Passeiam já sem muitas cógegas,
estão desgostosos,
pobres de amores.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Assovio

Vem de longe o pio. Canta as águas do mar.
De gaivota à passarinho, um telefone sem fio para te encontrar.
É o sopro do ar fininho, o som de um mergulho, uma luz no vento, um coqueiro a dançar.
Vem pra trazer a lembrança, vem pra memória amar.

É o abraço invisível,
É o canto mais bonito que a alma pode escutar.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Mundo meu

Quero dizer tantas coisas. Quero chorar para fora. Quero entender e sentir que eu não estou sozinha.
Quero um colo, um carinho. Quero um olhar de amor.
Meus dedos e meu coração falha. Falham-me as palavras.
Estou procurando há tanto tempo uma fé que eu perdi por ai...
Achei que seria na solidão que eu a encontraria. Mas a solidão é o silêncio da fé.
Quis afastar as pessoas dos meus sentimentos. Quis mostrar minha força à elas. Uma força que eu não tinha, não tenho. Pensei que se eu colocasse muros ao meu redor encontraria as repostas que eu queria.
Não quis que ninguém me conhecesse. Que ninguém me tocasse. E sofri sozinha...
Não sei viver bem em mim. As vezes é muito doloroso.
Sou uma luz fora de sintonia. Um pedaço de música sem ritmo.
Sou uma alma buscando o não sei o que.
E minha tristeza é culpa minha.
Mas hoje vou me perdoar... E vou quebrar esses muros aos poucos...
Não acho que encontrarei nada que me faça feliz caminhando só.
Hoje vou derramar as lágrimas, vou me deixar ser fraca, vou vacilar a independência e vou pedir amor...
Queria dizer às pessoas que eu amo o quanto eu as amo.
Queria passar mais tempo com elas. Fazer-lhes carinho e receber.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Just an outburst...

It's easier when you have someone to choose for you.
Each choice is attached with a loss. You will also lose something when you gain something.
How the hell will you know which is the most valuable? Your loss or your gain?
It's complicated. The new world brings the idea that we can be whatever we want to be, we just need to follow our dream with perseverance and determination.
So now, choose a dream! What?
I have thousands, millions, fuck billions dreams. I want to be rich, simple, famous, I want to have a house up the montain, and to live at a beach, I want to be a bestseller's writer and also be a philosopher, I want to marry and have children, and I don't want to marry and travel alone around the world. This is the contradiction of all. We don't want merely one specific thing.
I wish I could read between the lines of my brain, and see what I am inclined for, or at least most inclined for.
In truth I think I can have an idea, but then there is a lack of courage. Besides courage there is necessity, society, your parents' wishes, your vanity, vanity of the others.
That's how it works.
I want to be closer to God. I want to believe in what people say to me about him. Because he would decide for me.
But my God is as confused as I am myself.
Among my thoughts I keep trying to figure something out. The problem is, insanity is too close to a mind in constant reflexion.
So I will stop around here, with so many questions about so many things, so many desires and regrets.
The most tolerable answer that I found (and that I find sometimes, in the garden...) is love.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Malditas!

Algumas vezes não sei a hora de dizer. A palavra torta pula da minha boca e vai encontrar os destinos.
É melhor que o caroço do não dito, do não feito, do não vivido. Mas é cruel também. Um vicejante que dói.
Hove quem me dissesse que a sinceridade era pura.
Pura é a idéia que voa com Platão, que se escondeu tão lá no céu que ficou por ali...
Cada ouvido quer escutar a sua canção, a do outro tem que ser muda. É um humano em mim que desgosto. Um humano no outro que detesto.
E assim vamos 'teiando', os sentimentos vis. Sua mágoa na minha, entrelaçadas e distintas, um omisso infeliz.
E a quem a culpa se remete, mete entre os bolsos explicações, de um silêncio mortaz que na hora da voz se instalou.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Outono

Sinto a pele a flor,
borboletas a estomacar,
um vento fresco.

O sol nas minhas pápebras,
um riso de risco,
o frescor do beijo.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Um abraço de Deus

"Tudo passa por onde passa o passáro da dor...
mais passageiro para aquele que passeia assoviando o amor..."

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Shh...

Se soubessem escutar as vozes dos olhos...
São tantas frases perdidas...
São tantas dores não ditas...
Tantos abraços pedidos em silêncio...
Ah se meu coração pudesse se expandir e acalentar esses olhos tristes...
Se eu pudesse largar o meu corpo pra abraçar esse chorar quieto...
Se me fosse permitido curar tantas lágrimas escondidas...
Ai do meu coração que vê o seu em desepero mudo...

Vai ficar tudo bem!