quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Wild West

Eu queria entender melhor o funcionamento do mundo.
Sempre busquei pontuar ações, reações, momentos. Julguei todos e julguei a mim.
Eu estava a procura de soluções simples, quase como matemáticas, as quais uma vez que eu aprendesse teria o domínio da vida.
Achei muitas vezes que eu tinha o controle daquilo que eu sentia e do que eu viria a sentir, era prático, eu escolheria e assim iria ser. E isso pode parecer arrogância, e talvez seja. Não sei porque cresci com essa prepotência de enquadrar tudo na minha moldura. Por um lado não foi de todo ruim. Realizei grandes coisas por simplesmente acreditar que poderia realizá-las.
Mas essa metodicidade dos dias, esse controle imaginário, isso tudo, percebi não há muito tempo, são pesos inúteis, são leis que limitam nossos caminhos.
Hoje tenho medo, e não me importo. Não acho que isso me enfraquece ou me diminui. Estou assustadissima com tudo a minha volta, com a rapidez com que as coisas podem mudar, com a diferença do meu olhar perante o mundo e seus enigmas, seus mistérios e seus milagres. Não possuo rédea alguma, não estou a frente de nada. Tudo pode acontecer, e isso é Divino.
Vivendo na corda bamba, na espera sem espectativa dos muitos futuros que posso vir a ter.
É uma paz tortuosa, sem aplicações garantidas na bolsa de valores, nem a certeza da quitação das parcelas da faculdade pelos próximos 12 meses, mas é um sentimento que preenche, que faz com que a cada respiração eu me sinta bem em existir, é o risco de existir, é o viver livre.
É caber-se no espaço que nos foi dado, o nosso, de espectadores dessa imensidão de belezas, da vida, sem contas, sem perspectivas e previsões. Eu morro de medo, mas me apaixonei.

4 comentários:

Anônimo disse...

Lido e amado Lau

Anônimo disse...

È querida,dá mesmo muito medo viver sem ter o controle de tudo... Mas ao mesmo tempo é maravilhoso ser livre e deixar as coisas acontecer....
Beijos

Blah disse...

Não imagina a falta que me fez! Por diversas vezes tentei contatar, por diversas vezes te procurei, mas mesmo assim é infrutífera qualquer tentativa já que há muito aposentado estou!
Acho que fui incompreendido e quando minha fatalidade ocorreu apenas fiquei a ver navios, ou melhor, aviões partirem! Não é justo, não é mesmo? mas quando é?
Já deveria saber que nessa seara eu não posso me atrever mais! Já deveria estar ciente que não poderei tocar sua pele macia! No entanto, não estou. Quero mais....Quero a você...Quero você!
O que eu espero de ti....que sua volta seja linda, que sejamos lindos, que sejamos pacientes, que sejamos um!
Saudade eterna!

Anônimo disse...

oi lau!
mto tocante... realmente...
vc escreve mt bem, parabens!

bjao!! e v c me responde no msn... rs

GuzZz...