sexta-feira, 18 de junho de 2010

A sua espera

Ganhei suas palavras, perdi seu anseio,
regozijei-me com promessas, contemplei um ardor recioso.
Seus olhos tão meus, tão de outras.
Sua pele, sua boca, sua ausência de mim dilaceram-me.


Como não perturbar-me o sono,
como não despertar-me o ódio,
como não ater a mão ao peito?
A sua respiração distante:
o meu ofegar de dores.


Prega-me peças, coração tolo!
Deixa-me vulnerar!
Vai! Carrega em si esses sonhos,
guarda esse amor sofrido...
E sangra comigo esse eterno esperar.

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