quarta-feira, 1 de setembro de 2010

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Quando meus olhos não conseguem mais calar as lágrimas e meu mundo gira em desconcerto, meu corpo pende para os lados e minha alma vaza pelas veias, é a dor...a dor desalinhando meu coração...

É a realidade da ilusão. O caminho em círculos, a queda das pontes, o bater das portas...
É a mão que se solta quando a luz apaga...
É a primeira respiração do inverno...
São seus cabelos negros indo embora...desaparecendo por debaixo dos meus dedos...

Quando meu silêncio pesa, meus pulmões retesam e eu vacilo a sanidade, é porque perdi!
É porque bebi verdades...
São os sonhos do nascer do sol..
São suas palavras vazias.

domingo, 22 de agosto de 2010

Carta ao Fantástico

Boa noite!
Gostaria de manifestar a minha indignação em relação ao quadro ''O conciliador'' que mostrou a situação da diarista com sua dívida(cheques).
A narração/edição feita por vocês favoreceu a diarista, ressaltou seu estado psicológico, seu problema com o Serasa, e enfatizou sua vida difícil.
Acredito que com o poder de voz que vocês tem, vocês deveriam ressaltar o outro lado, o de quem vendeu uma mercadoria e não recebeu; deveriam favorecer quem usa a lei para realmente fazer justiça (pois uma dívida que em 5 anos caduca é uma situação moralmente injusta!). Vocês que constituem a emissora de TV mais influente do país deveriam EDUCAR e não ''deseducar'' a população, mostrando que um cheque não pode ser cobrado após um certo período, e demerecendo uma empresa que, DENTRO DA LEI, faz a dívida perdurar. Os papés de ''vilões e vítimas'' estão sendo trocados, e essa perda de valores afunda o Brasil.

Laura Baggio


***
Aonde vamos parar? =/

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Divagante

Escuto o silêncio e sinto uma paz sonolenta...
Não estou triste, estou pensante.
Pensar as vezes atrapalha tudo... Mas essa coisa de só sentir é perigosa!
O sentimento as vezes é muito irresponsável, e não se importa com o outro. Ele quer mesmo é se realizar, extravasar-se, dissolver-se em si e para si.
O pensamento, por sua vez, é deveras cauteloso. Freia as ações à qualquer sinal de dúvida, analisa-se e se reanalisa a cada interpretação de si possível.
Se alguém inventasse a receita do equilibrio entre pensar e sentir, eu gostaria de lê-la. Mas teria que ser detalhada: 1 pensamento de 15 minutos para cada 1 sentimento de 15 minutos, por exemplo. E com especificações: pensamento sobre a existência = 1 hora, sentimento de desesperança = 15 horas. E assim por diante, com dicas e exceções.
Enfim, não tenho receita alguma, mas por outros meios vou achando a oscilação correta.
Continuando, em meio a ausência de sons e da presença do meu sono, penso nas pessoas todas que conheci até hoje.
É engraçado ver as relações a as não-relações criadas entre mim e elas.
Quem passou e ficou, quem passou e passou, quem sempre esteve.
As pessoas tem uma força incrível sobre nós. Sobre nossa trajetória, sobre a nossa indentidade.
Há tantas pessoas no mundo, mas abrimos nossas vidas, nossos corações, nossos abraços, nossos ouvidos para alguns (algumas) ''escolhidos(as)''...ou talvez para quem estava passando por ali...
Mas por que essas pessoas? Por que não outras?
Qual é a seletividade da nossa memória em relação às pessoas? Dor? Amor? Ódio?
Será o sentimento que nos causam que as marcam? Será as palavras que nos dizem e nos fazem pensar em nossas vidas, em nosso ser?
Não sei, ''só sei que foi assim''...assim, de alguma forma, hoje olho pro meu passado e vejo as minhas pessoas. Eu as materializei como minhas, porque as vejo e as relembro como quero, são minhas, íntimas dos meus olhos criativos.
Quanto de nós está nas nossas pessoas? Quanto delas está em nós?
Difícil dizer, contudo sou grata as personagens do meu caminho.
Para não agitar mais ainda a minha paz, vou dormir, e rezar para muitas pessoas.



sexta-feira, 18 de junho de 2010

Quentor

Sinto um 'quentor' no peito!
É um efeito de jazz,
Um estado após Callas,
consequência de amores!

É a tristeza de Neruda,
A alegria de Soleil,
a sua lembrança em mim.

É um quente expandindo,
é um amor exprimindo!

A sua espera

Ganhei suas palavras, perdi seu anseio,
regozijei-me com promessas, contemplei um ardor recioso.
Seus olhos tão meus, tão de outras.
Sua pele, sua boca, sua ausência de mim dilaceram-me.


Como não perturbar-me o sono,
como não despertar-me o ódio,
como não ater a mão ao peito?
A sua respiração distante:
o meu ofegar de dores.


Prega-me peças, coração tolo!
Deixa-me vulnerar!
Vai! Carrega em si esses sonhos,
guarda esse amor sofrido...
E sangra comigo esse eterno esperar.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Saúdo o que sobrou.

Uma saudade,
um adeus que ainda não deixei partir.

A sua ausência visita os meus dias.
Sua imagem insacia meus anseios.
As memórias abastecem as esperanças.

Não quero perder os seus traços.
Não quero desfazer nossos pactos.
Eu não vou me despedir.

A saudade é a minha espera,
é o seu pedaço esquecido
que eu guardo dentro de mim.

Um espaço no tempo.

O tempo é manjado, mas é pertinente! Também, até mesmo quem vive sem tempo está incluido nele! O tempo é tudo. O tempo faz falta, o tempo faz tédio. Ensina, cura, muda.
Estive fazendo alguns paralelos com o tempo. O tempo e as pessoas. O tempo e o trabalho. O tempo e os estdudos. O tempo e os amigos. O tempo e o amor. O tempo e eu, no meu tempo.
As pessoas tem tempos diferentes, elas são agregadas às nossas vidas em conexões de momentos. As vezes elas permanecem, as vezes são fugazes. E essas relações dependem do tempo que desprendemos para elas, e elas para nós. Os amigos são as pessoas as quais dedicamos mais tempo para estar perto, para ouvir, para dividir. Os amigos são compartilhadores de muitos tempos.
Enquanto o relógio vai passando, as amizades vão sendo construídas, nós estudamos e trabalhamos. Periodos do dia, da noite. De segunda à sexta, de terça à domingo, só de quarta, só de final de semana, todos os dias!
Ao longo das 24 horas, 1 mês, 1 ano, 2, 3, queremos nos ver melhor do que éramos no tempo passado. Queremos aquisições! De títulos, salários, bens, diplomas, conhecimentos, páginas e mais páginas em nossos currículos. Não se pode perder tempo! Afinal, qual é o limite do mundo? Até onde se pode chegar? O tempo futuro é promissor.
E o tempo do amor? O amor precisa de paciência. Primeiro porque somos todos virgens de amor, é preciso aprender a amar. O tempo ensina. Aprender demora.
Lembro das minhas paixões, das dores que me causaram, das memórias que deixaram, dos soluços e sorrisos. As dores, antes enraizadas, pertinentes, foram amenizadas, esquecidas. As lições que trouxeram ainda fazem parte de mim.
Eu me vejo num tempo esquisito. É uma mistura dos sonhos que eu determinei que realizaria até certo tempo, e das realidades do meu tempo que não foi calculada nos sonhos.
É hora, é hora! A pressa esstá por aí!
Preciso de calma, de freios líricos, de paciência romântica!
Quero respirar mais tempo, contemplar meus dias, confabular com amigos, cuidar e cultivar o amor.
Tempo, estou de férias!