segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Desvaneios, auto-terapia
Nada no meu coração explode tanto quanto minha agonia. Amar é tão sério. -Por favor, ao entrar deixe suas lágrimas pro lado de fora. Não amo. Não posso amar. -Pouco tempo, mas sinto sua falta. Minha sinceridade só falha comigo. Que ar falso que me invade os pulmões. Que ânsia de desgostos que emudeci. -Não diga isso, não finja a verdade. Quem deixou que eu me deixasse deveria perder-se um dia, pra entender-me. Olhos de Jabuticaba, um dia em meus olhos. Sempre fui tudo que odiei, e ninguém me acusou. -Covardia, é tudo que vejo em você. Não posso não ter medo das minhas escolhas. Sofro de sentimentos impalpáveis, fortes, quentes, doloridos, atordoados, obscuros, subjetivos. -Pode deitar sua cabeça aqui, eu cuido das flores do jardim. Quanta vida que entreguei pro futuro. Rá. Pedras, bolas, carangueijos, emas, panelas, abajours, vinhos, sinos, nada. -Porque você foi embora eu não sei mais chorar.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Um pedacinho de fé.
Quando os ventos sopram ruídos roucos, trazendo para o céu o lençol preto de lágrimas, meus dedos encontram-se em oração. Rezo pelos menos protegidos, peço por quem não consegue pedir, agradeço as flores de todos os dias.
Sinto que os anjos vêem até mim, dançam silenciosamente, girando, levantando seus braços, de olhos fechados, sinto que despejam sobre mim grãos de sol.
Eu posso escutá-los, escutar suas asas...Escutar a chuva que cai e lava minha alma...
Sussuram-me, as fadas, ''não há fronteiras para um sonhador'', por isso ensinei meus cavalos quando cansados a virarem arco-íris... pontes de luz, para eu nunca parar de acreditar.
E eu sei que o sol está ausente há um tempo, mas eu não o esqueço. E enquanto eu souber que há algo melhor que essa escuridão, eu vou lutar em sua homenagem, com honra de ter fé no bem, no que é luz.
A natureza me chama, os rios correm, as árvores se cumprimentam, os animais se reverenciam, e eu entrego meu coração à paz e a esperança. Vivo a harmonia.
E se sempre for um sonho, morrerei com a minha liberdade de imaginar. E o meu mundo terá sido só de anjos bailarinos, fadas conselheiras e flores belas.
Vou rezar, por todos. Para que se toque mais músicas, para que se sorria mais, para que as energias vibrem, para que as luzes surjam novamente!
Sinto que os anjos vêem até mim, dançam silenciosamente, girando, levantando seus braços, de olhos fechados, sinto que despejam sobre mim grãos de sol.
Eu posso escutá-los, escutar suas asas...Escutar a chuva que cai e lava minha alma...
Sussuram-me, as fadas, ''não há fronteiras para um sonhador'', por isso ensinei meus cavalos quando cansados a virarem arco-íris... pontes de luz, para eu nunca parar de acreditar.
E eu sei que o sol está ausente há um tempo, mas eu não o esqueço. E enquanto eu souber que há algo melhor que essa escuridão, eu vou lutar em sua homenagem, com honra de ter fé no bem, no que é luz.
A natureza me chama, os rios correm, as árvores se cumprimentam, os animais se reverenciam, e eu entrego meu coração à paz e a esperança. Vivo a harmonia.
E se sempre for um sonho, morrerei com a minha liberdade de imaginar. E o meu mundo terá sido só de anjos bailarinos, fadas conselheiras e flores belas.
Vou rezar, por todos. Para que se toque mais músicas, para que se sorria mais, para que as energias vibrem, para que as luzes surjam novamente!
domingo, 19 de outubro de 2008
Desabafo...
Fui assaltada! De novo. E sangra em mim a invasão pela qual fui tomada. Dói minha dignidade, dói minha intimidade, doem meus pés, que muito andaram trabalhando num domingo frio pra ganhar um pouquinho de tudo que me roubaram.
Como olhar para esse transgressor que é meu semelhante e não odiá-lo com todo o meu coração e corpo? Odiá-lo por sua indiferença a mim. Indiferença ao que é meu, ao que eu vivi e ao que eu vivo com medo de sua sombra, uma sombra que se confundiria com a minha...
Minha raiva me consome e eu vacilo entre deixá-la em mim para não me acomodar ou esquecê-la... E esquecer tudo...E ir esquecendo sempre...E viver deixando tudo ser, porque simplesmente é assim, e não muda.
Não quero casar-me com o medo. Não desejo odiar ninguém.
Queria entender quando deixamos que roubassem nossa liberdade. Mas mais ainda, queria saber quando foi que nos tornamos de cera, que nada vemos, nada fazemos e tudo é pura inércia. Quero gritar os desaforos, quero punição, movimento!
Nosso país é pura inércia, é terra de mudos, surdos, cegos e presos, presos em suas próprias casas, com receio uns dos outros. Eu digo basta!
Como olhar para esse transgressor que é meu semelhante e não odiá-lo com todo o meu coração e corpo? Odiá-lo por sua indiferença a mim. Indiferença ao que é meu, ao que eu vivi e ao que eu vivo com medo de sua sombra, uma sombra que se confundiria com a minha...
Minha raiva me consome e eu vacilo entre deixá-la em mim para não me acomodar ou esquecê-la... E esquecer tudo...E ir esquecendo sempre...E viver deixando tudo ser, porque simplesmente é assim, e não muda.
Não quero casar-me com o medo. Não desejo odiar ninguém.
Queria entender quando deixamos que roubassem nossa liberdade. Mas mais ainda, queria saber quando foi que nos tornamos de cera, que nada vemos, nada fazemos e tudo é pura inércia. Quero gritar os desaforos, quero punição, movimento!
Nosso país é pura inércia, é terra de mudos, surdos, cegos e presos, presos em suas próprias casas, com receio uns dos outros. Eu digo basta!
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Conhece-te a ti mesmo.
''É melhor ser alegre que ser triste, a alegria é a melhor coisa que existe"
Perco a razão, os sentidos, quando comigo passeam minhas dúvidas de mim. Fico a vagar pelo meu salão de lembranças, procurando uma que possa esclarecer meus medos e receios. Quero encotrá-las para entender esses sentimentos que me tomam no silêncio dos meus momentos. Tomam-me pela mão e torcem minhas toalhas dos olhos de mansinho, quase não dá para ver.
É estranho olhar para o que se foi e ver que as mudanças são fortemente significantes. Ver-se e não reconhecer-se. Uma espécie de não associação do que se tornou para o que se era. Vagar pelas memórias, recuperar algumas raizes de sua própria indentidade, estabelecer sentido entre o que se viveu com as reações pelo que se vive, conhecer-se, respeitar-se. Perco a razão e os sentidos sim, mas a cada transgressão deixo pro passado uma dúvida tortuosa. Vivo mais leve a cada passo, vivo mais eu sem pena de mim.
Perco a razão, os sentidos, quando comigo passeam minhas dúvidas de mim. Fico a vagar pelo meu salão de lembranças, procurando uma que possa esclarecer meus medos e receios. Quero encotrá-las para entender esses sentimentos que me tomam no silêncio dos meus momentos. Tomam-me pela mão e torcem minhas toalhas dos olhos de mansinho, quase não dá para ver.
É estranho olhar para o que se foi e ver que as mudanças são fortemente significantes. Ver-se e não reconhecer-se. Uma espécie de não associação do que se tornou para o que se era. Vagar pelas memórias, recuperar algumas raizes de sua própria indentidade, estabelecer sentido entre o que se viveu com as reações pelo que se vive, conhecer-se, respeitar-se. Perco a razão e os sentidos sim, mas a cada transgressão deixo pro passado uma dúvida tortuosa. Vivo mais leve a cada passo, vivo mais eu sem pena de mim.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Sem pressa
Quem entra que entre devagarinho...
pise de leve na maderia fina que faz o meu chão...
Venha de mansinho, pede sim, licença..
Cansei do fogo breve que só queima o coração...
Quero brasa morna que dure pra sempre...
Quero beijo quente na pele branca de minha mão...
Bastam-me promessas de espumas,
Tapei meus ouvidos para qualquer canção...
Se é pra vir, venha sorrateiro...
Não quero mais tango, não quero explosão...
Quero um samba maneiro, uma valsa contida...
Com tempo de degustação!
pise de leve na maderia fina que faz o meu chão...
Venha de mansinho, pede sim, licença..
Cansei do fogo breve que só queima o coração...
Quero brasa morna que dure pra sempre...
Quero beijo quente na pele branca de minha mão...
Bastam-me promessas de espumas,
Tapei meus ouvidos para qualquer canção...
Se é pra vir, venha sorrateiro...
Não quero mais tango, não quero explosão...
Quero um samba maneiro, uma valsa contida...
Com tempo de degustação!
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Retrato
Amélie então brindou, com sua taça fina e cheia de vinho branco.
Brindou sua felicidade que não parava de lhe abraçar!
Tim tim, Amélie vai viajar...tim tim Amélie só quer dançar!
Brindou sua felicidade que não parava de lhe abraçar!
Tim tim, Amélie vai viajar...tim tim Amélie só quer dançar!
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Contos que contou-me um anjo triste
A morada do amor me parece ser distante daqui. Imagino uma casinha coberta de neve, com os raios de sol mais finos a brilhar em sua janela.
Sabe, as vezes eu canso dos meus sorrisos. Sinto que eles não causam nos outros o que desejo... tenho vontade de mandá-los morar com o amor, porque comigo ficam perdidos, e por mais sinceros, eles vão e não voltam como eram... Mas se eles seguirem viagem, quem há, em mim, de lutar pela esperança? Quem se não meus sorrisos me devolveriam um pouquinho de fé? Haveria algo ou alguém que pudesse puxar do abismo fundo da solidão e do medo as flores, poucas, que restam dentro de mim?
O amor se foi, eu sei, não por motivos pessoais, ele se cansou de ser tão sozinho...o amor não pode existir sozinho...por isso se foi, e lá tão distante e frio, se congela para não morrer...
Pobre amor, fadado também por mim. Não posso fadar meus sorrisos...não! Por mais que as traças do mundo as vezes me convençam...
Meu coração anseia tanto por respostas... respostas que já sei para o sempre não ter.
Mas tenho uma maldita ambição de poder carregar o mundo nas mãos, que chego a ser estúpida e desafiar o tempo e o espaço.
Meus sorrisos não curarão todos os doentes...não darão paz aos peitos fechados...
Que aperto trago onde bate o pingente do meu camafeu...que suspiro silêncioso...que responsabilidade pela competência...
Que sufoco errante pela moral, que quero, não quero, para mim.
Por que você se foi amor? Minha sociedade muda conclama-o... Você é nossa salvação...é a minha salvação...
Quando o tenho perto meu coração sente cócegas, meus olhos enchem-se de lágrimas e meus sorrisos não são em vão...
As cores aparecem pintando as ruas por onde passo e toca música lá no céu...
Saudade do seu preenchimento... da razão de viver que você me ensina...
Sabe, as vezes eu canso dos meus sorrisos. Sinto que eles não causam nos outros o que desejo... tenho vontade de mandá-los morar com o amor, porque comigo ficam perdidos, e por mais sinceros, eles vão e não voltam como eram... Mas se eles seguirem viagem, quem há, em mim, de lutar pela esperança? Quem se não meus sorrisos me devolveriam um pouquinho de fé? Haveria algo ou alguém que pudesse puxar do abismo fundo da solidão e do medo as flores, poucas, que restam dentro de mim?
O amor se foi, eu sei, não por motivos pessoais, ele se cansou de ser tão sozinho...o amor não pode existir sozinho...por isso se foi, e lá tão distante e frio, se congela para não morrer...
Pobre amor, fadado também por mim. Não posso fadar meus sorrisos...não! Por mais que as traças do mundo as vezes me convençam...
Meu coração anseia tanto por respostas... respostas que já sei para o sempre não ter.
Mas tenho uma maldita ambição de poder carregar o mundo nas mãos, que chego a ser estúpida e desafiar o tempo e o espaço.
Meus sorrisos não curarão todos os doentes...não darão paz aos peitos fechados...
Que aperto trago onde bate o pingente do meu camafeu...que suspiro silêncioso...que responsabilidade pela competência...
Que sufoco errante pela moral, que quero, não quero, para mim.
Por que você se foi amor? Minha sociedade muda conclama-o... Você é nossa salvação...é a minha salvação...
Quando o tenho perto meu coração sente cócegas, meus olhos enchem-se de lágrimas e meus sorrisos não são em vão...
As cores aparecem pintando as ruas por onde passo e toca música lá no céu...
Saudade do seu preenchimento... da razão de viver que você me ensina...
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