segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Desvaneios, auto-terapia

Nada no meu coração explode tanto quanto minha agonia. Amar é tão sério. -Por favor, ao entrar deixe suas lágrimas pro lado de fora. Não amo. Não posso amar. -Pouco tempo, mas sinto sua falta. Minha sinceridade só falha comigo. Que ar falso que me invade os pulmões. Que ânsia de desgostos que emudeci. -Não diga isso, não finja a verdade. Quem deixou que eu me deixasse deveria perder-se um dia, pra entender-me. Olhos de Jabuticaba, um dia em meus olhos. Sempre fui tudo que odiei, e ninguém me acusou. -Covardia, é tudo que vejo em você. Não posso não ter medo das minhas escolhas. Sofro de sentimentos impalpáveis, fortes, quentes, doloridos, atordoados, obscuros, subjetivos. -Pode deitar sua cabeça aqui, eu cuido das flores do jardim. Quanta vida que entreguei pro futuro. Rá. Pedras, bolas, carangueijos, emas, panelas, abajours, vinhos, sinos, nada. -Porque você foi embora eu não sei mais chorar.

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