quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sem pressa

Quem entra que entre devagarinho...
pise de leve na maderia fina que faz o meu chão...
Venha de mansinho, pede sim, licença..
Cansei do fogo breve que só queima o coração...
Quero brasa morna que dure pra sempre...
Quero beijo quente na pele branca de minha mão...
Bastam-me promessas de espumas,
Tapei meus ouvidos para qualquer canção...
Se é pra vir, venha sorrateiro...
Não quero mais tango, não quero explosão...
Quero um samba maneiro, uma valsa contida...
Com tempo de degustação!

5 comentários:

Anônimo disse...

Que lindo!!! Amei! Sorte de quem chegar de mansinho...

Wagner Miranda disse...

vi um relato poético de quem busca algo transcendental: a calma e a satisfação duradoura que só o amor pode trazer.
de fato, vi muito além do relato. mas vi tanto que tudo virou nada. nada que minhas vãs palavras saibam retratar.

um beijo.


w.

S. B. disse...

hummm... o tempo da degustação com certeza é o maisss gostozinnn
=]

Anônimo disse...

Laura

Sem Pressa nossos olhos se encontraram pela primeira vez ...
Nossas vozes, sonhos, nossa esperança, sorriso, nosso destino, coração ... sem pressa se entrelaçaram ...
Antes de nos falarmos, já tínhamos entrado devagarinho ... sem perceber usávamos pantufas de nuvens por causa da madeira fina que preenchia nossos corações ... sentíamos a fragilidade mútua dos cristais que habitavam nosso peito ...
O Fogo divino colocado aqui dentro por você, queima, e queima devagar ... aos poucos preenche não só meu coração, mas todo meu corpo ...
Sua mão será envolvida por beijos quentes, carinhosos, molhados e inesquecíveis ... mas também saiba que será segurada ... segurada com firmeza ...
Quero te dar apoio quando desequilibrar, te guiar quando estiver perdida, te levantar quando cair, puxa-la quando se distanciar e cumprimenta-la pelas felicidades ... vou segurar sua mão com tamanha intensidade, que nossas linhas da vida vão se confundir ... se tornando uma só ...
Não prometo castelos de areia, nem sonhos de algodão doce ... mas anseio em faze-la feliz ...
Não estou pedindo para acreditar em palavras ou em versos ridículos, mas para que tenha fé ... fé nas borboletas ...
Estas, sem medo algum, voam leves pelo céu ... dançam ao som do murmúrio do vento e degustam a beleza da vida ... como se provassem dia após dia o sabor angelical de uma vinha branca!

Bruno Rocco

Anônimo disse...

É gostoso ler esse poema, é uma coisa bem calma, bem interessante, fala da calma, da leveza que o só o amor nos traz.